*JORNAL GALENO 2017



Jornal Galeno 2017

EDITORIAL Janeiro/fevereiro/março de 2017, Ano V, Nº 10, CIRCULAÇÃO DIRIGIDA A Academia de Letras Juvenal Galeno - ALJUG, cumprindo seus objetivos estatutários, tem disseminado a cultura regional, Brasil afora.

 Uma das nossas Reuniões Itinerantes, dia 18.03.2017, aconteceu no Memorial Luíz Gonzaga, espaço dedicado ao Rei do Baião, inaugurado em 22.10.2012, na capital cearense, ano de seu centenário.

O projeto, idealizado pelo escritor José Marcelo Leal Barbosa, com a proposta de resgatar e divulgar os detalhes da história de Luiz Gonzaga do Nascimento, está dividido em quatro ambientes, que comportam acervo de mais de 600 itens, incluindo discos de vinil, CDs (que Luiz Gonzaga nunca produziu, mas as gravadoras lançaram depois de seu falecimento), registros em vídeos de shows, esculturas, assinadas por artistas plásticos de várias localidades, cordéis, livros em torno da vida e obra do artista e até duas fantasias, que a Escola de Samba Unidos da Tijuca produziu, em 2012, para desfile do carnaval carioca, celebrando o centenário do pernambucano de Exu.

 No Memorial, há também uma sala para os “seguidores musicais” de Luiz Gonzaga, contando ainda com espaço para abordar a religiosidade e a “influência” de Lampião.

 O Equipamento Cultural do nosso Rei localiza-se na Rua Abelardo Marinho, 109, Bairro Vila União (esq. com Rua Jorge Acúrcio, nas proximidades do Hospital Infantil Albert Sabin), em Fortaleza-CE. Agendamento de visitas e outras informações: (85) 9951.7435 / 9928.1015.

O Caipora

— No meio da mata, menino, não corras,
Que o vil caipora
Agora, Nesta hora
Passeia montado no seu caititu;
E arteiro e malino
Se encontra o menino...
 Ai dele! que o leva no seu grande uru!
O Caipora Menino,
 não corras
Na mata a brincar,
Que o vil caipora
Te pode levar.

Juvenal Galeno, em Lendas e Canções Populares, 1859.

O CHAPEU DE COURO 4 
Maria Linda Lemos Bezerra*

A Academia de Letras Juvenal Galeno - ALJUG, cumprindo com seus objetivos estatutários, tem disseminado a cultura regional nordestina.

 A nossa primeira Reunião Itinerante aconteceu em Viçosa do Ceará (junho/ 2016), no Memorial Clóvis Beviláqua, onde celebramos o centenario do Código Civil Brasileiro, elaborado pelo jurista cearense, primo do poeta Juvenal Galeno.

No ano seguinte, a segunda (março/2017), no Memorial Luiz Gonzaga, uma excelente oportunidade de convivermos de perto com valores e costumes da rica cultura, segundo depoimentos dos membros participantes. Registre-se que, embora quase um século separe Juvenal Galeno de Luíz Gonzaga, ambos cravaram seus corações no nordeste brasileiro e declararam, para o mundo, seu amor pela região onde nasceram.

O espaço dedicado ao Rei do Baião foi inaugurado em 22.10.2012, no ano de seu centenário. O projeto, idealizado pelo escritor José Marcelo Leal Barbosa, se propõe a resgatar e divulgar detalhes da história de Luiz Gonzaga do Nascimento, através dos discos de vinil, CDs, vídeos, cordéis, livros, esculturas e adornos feitos em couro, assinados por artistas de várias localidades, como é o caso das duas fantasias, que a Escola de Samba Unidos da Tijuca produziu, em 2012, para desfile do carnaval carioca, celebrando o centenário do pernambucano de Exu.

O Equipamento Cultural do Rei, que comporta mais de 600 itens, tem os mais belos chapéus de couro, também chamados de chapéu de cangaceiro, por caracterizarem um famoso personagem da história do nosso país, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Modelos exclusivos, especialmente elaborados por um parente próximo de Maria Bonita, eram usados pelo Rei do Cangaço, como forma de provar sua coragem nas agruras do sertão. Inspirados nos modelos usados pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, atraiu admiradores, entre eles, o saudoso sanfoneiro Luiz Gonzaga** e o seu seguidor, mantenedor do Memorial, José Marcelo Leal Barbosa.

 Quem mais admirar o adorno, na Fazenda Cacimbinha, a 14 quilômetros do centro de Salgueiro, vive um talentoso artesão: Zé do Mestre, 83 anos, que dedicou mais de 70 anos à arte do couro. Ele registra em trova: “Meu traje é a perneira, o chapéu e o gibão. Sou feliz por ser vaqueiro, poeta e artesão”. Um dos clientes mais ilustres do mestre: Luiz Gonzaga.

 Ainda no sertão pernambucano, em Ouricuri, mestre Aprígio tem orgulho em exibir, pelas paredes do ateliê, as fotos dos 50 anos de profissão e criatividade, produzindo bolsas de couro, chapéus e gibões personalizados. Entre tantos clientes, o Rei do Baião, Xote e Xaxado, para quem fez um terno de couro. Finalizou-se o encontro com citações de crenças, usos e costumes revelados na obra do poeta e folclorista cearense, Juvenal Galeno da Costa e Silva, editado em 1865, considera a “Bíblia dos Trovadores Brasileiros”. Ressalte-se que, com poesia simples, nativista, aparentemente ingênua e profundamente social, sua obra chegou a ser utilizada como instrumento de agitação. Em meio à campanha abolicionista, em Fortaleza, recitavam-se, lado a lado, as poesias de Castro Alves e de Juvenal Galeno. Antônio Sales, em Retratos e Lembranças: reminiscências literárias, afirma que “Juvenal foi, talvez, o primeiro poeta abolicionista do Brasil”. Em 25 de março, celebra-se a Abolição da Escravatura do Ceará.

 O escritor José Marcelo Leal Barbosa, em momento solene, “tira o chapéu” para a Presidente da ALJUG, Linda Lemos, uma forma de reconhecimento ao desempenho da Arcádia, enquanto entidade comprometida com a promoção e disseminação da cultura popular, entre outros. Todos nós, aljugueanos, devolvemos o chapéu para Marcelo Teixeira e sua dedicada família, com o Selo de Reconhecimento Juvenal Galeno, pelo nível de comprometimento em preservar o património histórico nacional.

 Foi uma tarde cultural proveitosa, encantada pelos poemas, cordeis e pronunciamentos dos presentes.

 Notas: **Luiz Gonzaga nasceu em 13 de dezembro de 1912 e faleceu em 2 de agosto de 1989. Juvenal Galeno nasceu em 27 de setembro de 1838 e faleceu em 7 de março de 1931. *Integra: ALJUG e ALMECE

A FLOR E O MUNDO 

A flor de lótus é uma planta aquática que nasce na lama, em lagos sujos e turvos ou em rios poluídos de baixa correnteza. No entanto, floresce sobre a água apresentando um aspecto de limpeza e beleza, bem como desabrochando em busca da luz e de vida. Realmente, é algo fantástico. O fenômeno ocorre, com maior intensidade, nos países do Oriente, especialmente Índia, Japão e China. Nos ensinamentos do budismo e do hinduísmo, a flor de lótus simboliza a vida, o crescimento espiritual e a pureza do coração e da mente. A consciência ecumênica leva a que todos possam admitir que o importante é a verdade interior e não apenas os valores materiais e temporais. Por outro lado, analisando-se os desafios do mundo, percebemos um ideal decadente e a falta de perspectiva das novas gerações, criando um clima de perplexidade. Ganância, falta de solidariedade, violência, problemas sociais, corrupção, crises éticas e comportamentais, fundamentalismo religioso, etc..., são características inaceitáveis prevalecentes hodiernamente. Aonde vamos? Qual o futuro da humanidade? O avanço cientifico e tecnológico não proporcionou melhores condições para todos. Não somos contra o progresso, pelo contrário, todavia não concordamos com a expansão do número de pessoas excluídas e oprimidas. Assim disse Santo Tomás de Aquino: “Há homens cuja fraqueza de inteligência não lhes permite ir além das coisas corpóreas”. Por sua vez, seria bom meditar: “Enquanto há vida, há esperança”– (Eclesiastes 9:4). Ah, bem que o mundo poderia ser uma flor de lótus! Utopia! Gonzaga Mota Professor Aposentado da UFC


MAÇONARIA E O CONCEITO DE RELIGIOSOS
 Autor: Zelito Magalhães

(*) Não obstante as excomunhões e perseguições adotadas por chefes da igreja., é enorme a lista de padres iniciados não só no Brasil como também na Europa, que procuraram ver a Verdadeira Luz. Entre esses, a história registra um sem número de bispos, trinta cardeais e quatro papas que ingressaram no seio da Maçonaria.Tivemos preliminarmente no Brasil, período de formação da nossa nacionalidade, bem como nos anos que a precederam e cerraram fileiras em todos os movimentos libertários. Eram brilhantes figuras atuantes na política, na oratória, no civismo e nas virtudes. Brilhantes padres-maçons tomaram parte da nacionalidade. Dá-se como exemplo a Revolução Pernambucana de 1817, dirigida pelo Bispo José Joaquim Azeredo Coutinho, fundador do Seminário de Olinda. O movimento ficou conhecida como Revolução dos Padres, da qual tomaram parte clérigos da estirpe de João Ribeiro Pessoa de Melo, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca (herói), Padre Roma, Padre Miguelinho, dentre outros. Aspirava-se uma Nação Republicana. O movimento pernambucano chegou ao Ceará em 1823 pelo vizinho município do Crato com o nome de Confederação do Equador, liderado pela revolucionária Bárbara de Alencar, “a heroína”, seguida dos filhos Tristão Gonçalves e padre José Martiniano Pereira de Alencar (o Senador Alencar) pai de José de Alencar, autor do famoso romance “Iracema”, e do padre Mororó, sobralense, que fundou e redatoriou o primeiro jornal da imprensa cearense – o Diário do Governo do Ceará cujo primeiro número saiu com a data de 1º de abril de 1824. Na manhã de 30 de abril de 1825, o religioso era fuzilado no Campo da Pólvora (hoje Passeio Público) “por ter dirigido a maldita folha” que representava as aspirações republicanas. Isso há 65 anos, antes do Brasil se tornar República. Mororó é homenageado como herói - mártir, patrono da imprensa cearense. Considerando o que já diziam outros membros da igreja católica apostólica romana: Padre Manuel Bernardes (Lisboa 1644-1710) – Um dos maiores clássicos da prosa portuguesa: “Os fins da Maçonaria em nada são opostos aos dogmas da religião de Jesus, e, se o fossem, eu seria indigno ministro, não ocuparia um lugar em meio desses homens. A moral maçônica é toda santa e o Divino Mestre foi o mais fiel dos seus adeptos. Cônego Januário da Cunha Barbosa: “Filha da Ciência e mãe da Caridade! Fossem as sociedades civis como tu, oh santa Maçonaria! e os povos viveriam eternamente numa idade de oiro. Satanás não teria mais o que fazer na terra, e Deus teria em cada homem um eleito”. Bispo Sebastião Pinto do Rêgo: ”Jesus Cristo instituiu a caridade, a Maçonaria apoderou-se dela e constituiu-a a sua mestra. É sob os seus auspícios que não morre a sua esperança e que robustece a sua fé. Bendita seja esta irmã da Igreja na virtude”. Monsenhor Muniz Tavares – Bahia: “A Maçonaria foi em todos os tempos a maior propaganda dos direitos do homem. Por isso mesmo caminhou sempre de acordo com a igreja de Jesus Cristo”. Padre Francisco João de Azevedo (João Pessoa, 1814-1880) O inventor da máquina de escrever: “Só podem ser maçons os que creem em Deus infinito, que reconhecem a necessidade de um culto e que têm uma Pátria, cujos direitos e leis devem respeitar. A Maçonaria ama a ciência, o progresso, a civilização dos povos, por que é com o auxilio da ciência que perscruta para, pacificamente, remover as causas que entorpecem e retardam o progresso da humanidade. Já vede pois que a Maçonaria louva-se – que afaguemos em nossos corações a crença em Deus, na religião e na Pátria”

 (*) Jornalista e escritor cearense. Membro da Academia Brasileira Maçônica de Artes, Ciências e Letras; idealizador e fundador da Academia Maçônica de Letras do Ceará. Obreiro da ARLS Viana de Carvalho nº 88 jurisdicionada a Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará. Diretor do Museu da Imagem e do Som

A GRAVATA
Maria Linda Lemos Bezerra

 conhecidas, foram identificadas entre os egípcios. Arqueólogos identificaram, em múmias egípcias, uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”. Em ouro ou cerâmica, possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade". A gravata do Samuka, como as demais, é usada em ocasiões muito especiais. Sempre que a usa recebe elogios e muitas curtições no facebook. Já contei até 97. É graciosa e chama a atenção pela menssagem que traz no verso: “Save our earth” - Salve nosso planeta terra. Foi desenhada por Whitney, de 8 anos. É uma das peças da Coleção Salve as Crianças - “The Save the Children Collection”. O estilo varia do slim (fino) ao tradicional modelo borboleta. Os preços, tanto quanto a estampa: listrada, texturizada ou mesmo lisa. A roxa texturizada, cinza grafite e chumbo estampada, na visita ao cliente. A rosa chá ou champagne, em ocasiões que exigem sobriedade. Um par de sapatos social clássico e uma fragância, no mínimo agradável, compõem o quadro. Você pode adquirí-las à vista, em Paris ou em 7 vezes, prestações mensais de R$ 5,71. Entrega expressa, com frete pago ou comprada direto na loja. Atualmente, o uso da gravata está associado a ocasiões marcantes, solenes. Na maioria das vezes, dignificante e alegre: casamentos, festa de formatura, aniversário de 15 anos, serviços religiosos/culto em igrejas e plenário de Assembléias Legislativas entre outros. Os soldados mercenários croatas, a serviço da França, durante a Guerra dos Trinta Anos, por volta do ano 1635, chegaram para dar suporte ao Rei Luis XIV e ao Cardeal Richelieu, usaram cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço, feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns, a seda e algodão para oficiais. Os franceses logo se encantaram com esse elegante adereço que chamaram de “cravate”, corruptela de "croat", em referência aos mercenários croatas. O próprio Rei Luís XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante ao dos croatas e que a incorporasse aos trajes reais. Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti usavam um cachecol com um nó, como símbolo de status e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata hoje conhecida. FAMÍLIA Digo, família é tudo, e, até um pouco mais, Deus é acima de tudo, sabemos Deus é demais.. Jose Odmar de Lima Presidente da ALACE A vida não deixa de ser bela porque é finita. Bertrand Russell Samuka é um jovem espontâneo. Seu comportamento varia, com demonstração de uma maturidade exemplar, de um homem de 37 anos, ora com atitude infantil, como cada um de nós em algum momento de nossas vidas. É queridíssimo, com ou sem gravata. Os laços que o prendem aos amigos e, principalmente, à família estão no âmago, fundo do coração. *Nota: Integra: ALJUG e ALMECE



FAMÍLIA
Digo, família é tudo,
e, até um pouco mais,
Deus é acima de tudo,
sabemos Deus é dema

s.. Jose Odmar de Lima Presidente da ALACE

A vida não deixa de ser bela
 porque é finita. 
Bertrand Russell


ANIVERSARIANTES

Parabéns a todos, com votos de saude, paz e felicidades.
 JANEIRO: Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira-25
Clara Leda de Andrade Ferreira-25
 Francinete de Azevedo Ferreira-27
Maria Argentina Austregésilo de Andrade-29
Oneida Pontes Pinheiro Milhome-30
Abmael Martins Ferreira-31
FEVEREIRO: Maria Eliane da Silva Santos- 4
 Francisco Bernivaldo Carneiro-10
Márcia Christina Lio Magalhães-10
Sônia Maria Nogueira – 11
Ernani Rocha Machado-21
MARÇO: Nicodemus G. Napoleão-10
Francisco Adegildo Férrer-14
Gutemberg Liberato de Andrade-24


EXPEDIENTE

 O Jornal Galenus é um informativo trimestral da Academia de Letras Juvenal Galeno - ALJUG, situada na Rua General Sampaio, Nº 1128, Centro-Fortaleza-CE. www.casadejuvenalgaleno.com.br academiadeletrasjuvenalgaleno.blogspot.com.br - Fones: (85) 3252.3561/ 3021.7136. Tiragem: 350 exemplares por trimestre. As matérias inseridas, neste informativo, são de inteira responsabilidade de seus autores. 8

Presidente: Maria Linda Lemos Bezerra
Conselho Editorial Digitação:
Os autores dos textos Colaboradores:
 Linda Lemos e Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira
Fotos: José Haroldo Barbosa e Luís Carlos Barros do Nascimento
Revisora: Eliane Maria Arruda Silva
Diagramador: Wellington Távora (99791.2042)
Impressão: SESC e Assembleia Legislativa do Ceará

VOTO DE PESAR

Tim – uma lembrança sublime, inesquecível… todos os dias testando nossa humanidade. Iluminando o horizonte de nossa compaixão através de suas silenciosas dores. Marcas de sofrimentos e amores floresces límpido agora nos jardins de Deus! Todos os corações por ti choram… Homenagem a Raimundo Magalhães de Oliveira (Tim) Nascido: 09.05.1967 – Falecido: 19.01.2017 Por sua irmã Rosa Virgínia Carneiro de Castro

 Luiz José de Sousa (Luiz Preto): Nascido em 09.05.1923 e falecido em 19.01.2017. Seu Luiz do trombone, ícone da Cultura de Várzea Alegre-CE, morreu aos 93 anos, na Casa de Saúde São Raimundo Nonato. Ele integrou a banda de música municipal durante toda a vida. Participou do Programa Globo Repórter, de 1° de novembro de 2013, juntamente com seu filho Antônio, conhecido por Pelé, quando foram entrevistados na edição que fala de "Felicidade". A luz terna da tarde cansada e espichada do sol Fazia-me lembrar da janela onde fiquei tanto tempo debruçada Assistindo a noite chegar numa tristeza intensa, com a vida atada No tempo da invernada, do frio sem agasalho, da alma sem afago. Permaneci na janela bom tempo parada, Com o pensamento no passado inválido, Mal pude perceber a noite chegando, Aquietando os amantes, acobertando amores, Alimentando sonhos, afugentando sombras, Adormecendo mágoas. Nesse deslumbramento que a noite propícia Extasiada deixei as lembranças por trás dos montes solitários, Nas brumas sem graça dos dias opacos, Qual cintilante e gracioso pirilampo Alcei voo sem trégua para pousar onde Meu coração seja feliz de verdade. Célia Oliveira Saudades Eternas

Saudades Eternas

José Moacir Gadelha de Lima, Cadeira N° 47, representando o Município Cascavel na Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará, Presidente de Honra da referida entidade, nos deixa neste março/2017. Moacir Gadelha, poeta e escritor cearense, foi 1º Secretário da Academia Cearense de Retórica, Presidente de Honra da Academia Fortalezense de Letras, Sócio Colaborador da Associação de Jornalista e Escritoras do Brasil-AJEB-CE. OBRAS PUBLICADAS: Poesias: Alinhavo, 1979; Lampejo, 1981; Cintilações, 1984; Romances: Fagulhas, 1982 (prosa e poesia); Os Reencontros, 1986; Submundo e Luz, 1988; A Vida não se Extingue, 1996; Tentáculo da Ambição 1998; Colheita Obrigatória, 2001; Lei do Retorno, 2004; Vitória da Luz, 2005. Moral e Transcendência (2007), Morreu e Não Sabia, 2008; Novas Vidas, 2011 e Caminhadas, 2013; Fagulhas; além de produções, em prosas e versos, publicadas em jornais, revistas, antologias e coletâneas. Saudades dos confrades e reconhecimento pelos méritos acadêmicos

VOO SEM TRÉGUA 

 Tim – uma lembrança sublime, inesquecível… todos os dias testando nossa humanidade. Iluminando o horizonte de nossa compaixão através de suas silenciosas dores. Marcas de sofrimentos e amores floresces límpido agora nos jardins de Deus! Todos os corações por ti choram… Homenagem a Raimundo Magalhães de Oliveira (Tim) Nascido: 09.05.1967 – Falecido: 19.01.2017 Por sua irmã Rosa Virgínia Carneiro de Castro VOTO DE PESAR Luiz José de Sousa (Luiz Preto): Nascido em 09.05.1923 e falecido em 19.01.2017. Seu Luiz do trombone, ícone da Cultura de Várzea Alegre-CE, morreu aos 93 anos, na Casa de Saúde São Raimundo Nonato. Ele integrou a banda de música municipal durante toda a vida. Participou do Programa Globo Repórter, de 1° de novembro de 2013, juntamente com seu filho Antônio, conhecido por Pelé, quando foram entrevistados na edição que fala de "Felicidade". A luz terna da tarde cansada e espichada do sol Fazia-me lembrar da janela onde fiquei tanto tempo debruçada Assistindo a noite chegar numa tristeza intensa, com a vida atada No tempo da invernada, do frio sem agasalho, da alma sem afago. Permaneci na janela bom tempo parada, Com o pensamento no passado inválido, Mal pude perceber a noite chegando, Aquietando os amantes, acobertando amores, Alimentando sonhos, afugentando sombras, Adormecendo mágoas. Nesse deslumbramento que a noite propícia Extasiada deixei as lembranças por trás dos montes solitários, Nas brumas sem graça dos dias opacos, Qual cintilante e gracioso pirilampo Alcei voo sem trégua para pousar onde Meu coração seja feliz de verdade. Célia Oliveira


ACADEMIA DE LETRAS JUVENAL GALENO - ALJUG
Fundação em 1934, Rio de Janeiro Instalação no Ceará, em 28 de setembro de 2013 FUNDADORAS: Júlia Santiago Galeno, RJ Eliane Maria Arruda da Silva, CE
 PRESIDENTE DE HONRA Antônio Santiago Galeno Júnior

Eliane Maria Arruda Silva Cadeira Nº 01
 Francisco de Assis C. Ferreira Cadeira Nº 02
Joseleido Bonfim Santana Cadeira Nº 03
Rosa Virgínia Carneiro de Castro Cadeira Nº 04
 Sylvia Helena Medeiros Braun Cadeira Nº 05
 Francisco Bernivaldo Carneiro Cadeira Nº
06 Sônia Maria Nogueira Cadeira Nº 07
João Silas Falcão Soares Cadeira Nº 08
Maria Osia Leite de Carvalho Cadeira Nº 09
Márcia Christina Lio Magalhães Cadeira Nº 10
 Francisco Giovanni Felismino Leite Cadeira Nº 11
Antônio Arilo Cavalcante Jr. Cadeira Nº 12
Oneida Pontes Pinheiro Milhome Cadeira Nº 13
Francisco José Moreira Lopes Cadeira Nº 14
Gilson de Albuquerque Pontes Cadeira Nº 15
Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira Cadeira Nº 16
 Maria do Socorro Cavalcanti Cadeira Nº 17
 Eduardo Luiz de Santana Cruz Cadeira Nº 18
 Maria Eliane da Silva Santos Cadeira Nº 19
Paulo Antônio Ximenes Montenegro Cadeira Nº 20
Clara Leda de Andrade Ferreira Cadeira Nº 21
Francisco Adegildo Férrer Cadeira Nº 22
Antônia Regina Pinho da Costa Leitão Cadeira Nº 23
Maria Linda Lemos Bezerra Cadeira Nº 24
Maria de Fátima Lemos Pereira Cândido Cadeira Nº 25
Ana Célia Oliveira Cadeira Nº 26
 Ernani Rocha Machado Cadeira Nº 27
Abmael Martins Ferreira Cadeira Nº 28
Cirlene Setúbal dos Reis Cadeira Nº 29
João Gonçalves de Lemos Cadeira Nº 30
Maria Argentina Austregésilo de Andrade Cadeira Nº 31
Gutemberg Liberato de Andrade Cadeira Nº 32
José Rubens Venceslau da Silva Cadeira Nº 33
Luiz de Gonzaga Fonseca Mota Cadeira Nº 34
Regina Maria Holanda Amorim Cadeira Nº 35
Adaunice Arruda da Silva (Nice) Cadeira Nº 36
Pio Barbosa Neto Cadeira Nº 37
Rogério de Jesus Ramos Cadeira Nº 38
Nicodemos G. Napoleão Cadeira Nº 39
Maria Eliene Magalhães Silva Cadeira Nº 40


SÓCIOS HONORÁRIOS
 Francinete de Azevedo Ferreira
 Francisco Lima Freitas
Maria Lina Cunha Moura
Mônica Serra Silveira
Zelito Nunes Magalhães

SÓCIOS CORRESPONDENTES
 Cassio Murilo Coelho Cavalcante (Pernambuco)
Marcos Fabrício Lopes da Silva (Brasília)
Tibúrcio Bezerra (Maranhão)


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